Corujas e morcegos
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
sábado, 5 de outubro de 2013
La guitarra
POEMA DE LA SIGUIRIYA GITANA
Garcia Lorca . . . . . . . . . . . . . .
Empieza el llanto
de la guitarra.
Se rompen las copas
de la madrugada.
Empieza el llanto
de la guitarra.
Es inútil callarla.
Es impossible
callarla.
Llora monótona
como llora el água,
como llora el viento
sobre la nevada.
Es impossible
callarla.
Llora por cosas
lejanas.
Arena del Sur
calliente
que pide camelias blancas.
Llora flecha sin blanco,
la tarde sin mañana,
y el primer pájaro
muerto
sobre la rama.
Oh, guitarra!
Corazón malherido
por cinco espadas.
sábado, 14 de setembro de 2013
O cheiro da dor
Morrer de amor
morrerei
ainda
(disposto,
estou)
muitas
outras vezes
tantas
ou bem mais
do
que há séculos
venho
morrendo
Não
me doi a dor
da não
correspondência
Não me
dói a dor
de antever
o fracasso
Não
me doi a dor
lancinante
da perda
Minhas
mortes
de amor
não doem
nem pela
exposição
de tanto
cadáver meu
aos
olhos do mundo
O que
me dói – e muito
é esse
cheiro pútrido
que eles
exalam hoje
e decerto
ainda (aposto)
além,
muito além
da derradeira
morte
terça-feira, 16 de julho de 2013
Uma flor apenas
Gosto das flores solitárias
as que reinam nos horizontes das colinas
as que acendem e ascendem os baixios
as que implodem as cavernas e grotões
as que inflamam como vulcões as
montanhas.
Quero assim, para que mais?
quem precisa de canteiros e buquês?
todas as luzes e fragrâncias da alma
estão contidas na misteriosa incontinência
de um único naipe de pétalas.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Cegos
Os meus sonhos no teu sono
tuas vísceras no meu medo
nosso ímpeto à nossa espera
Tua raiva em meus gritos
meus silêncios em teu tédio
nosso adeus à nossa volta
Todo desejo pelo avesso
cada querer no sem querer
o encontro em nossas fugas
Cegos que fingem não ver.
terça-feira, 16 de abril de 2013
Concepção
Para Tânia Contreiras e Leonardo B.
Com
quantas contas me conta
teu
rosário de dor e rosas,
à minha
espera em silente cio?
Por
que ardores me chamas
das profundezas
que afloram
oceânicos
vulcões de sangue?
A que
final me destinas
em teu
ciclo de incêndios
para os
quais me concebeste?
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Na ponta do lápis
Antônio Rebouças Falcão
Como a noite vai
E mais em mar nenhum
Sou
Para quem qualquer for
Tenho o de mim
O que de mim sou
Ou o que restou de mim
Assim sou
Uma espécie de começo
Do fim.
Blog do autor: Dilema Paulistano
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